CDU com trabalhadores dos transportes

Defender direitos<br>e o serviço público

Num en­contro re­a­li­zado an­te­ontem, em Lisboa, com tra­ba­lha­dores dos trans­portes, Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou o apoio à CDU de 200 di­ri­gentes e ac­ti­vistas sin­di­cais e as­so­ci­a­tivos do sector no dis­trito.

A CDU de­fende um sector pú­blico forte e di­nâ­mico

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Os tra­ba­lha­dores dos trans­portes, que nas pa­la­vras do Se­cre­tário-geral do Par­tido es­ti­veram «no epi­centro da ofen­siva» do Go­verno contra sa­lá­rios e di­reitos e contra os ser­viços pú­blicos, re­co­nhecem na co­li­gação PCP-PEV o seu mais firme aliado na dura e tenaz luta que têm tra­vado em de­fesa dos seus postos de tra­balho, das suas con­di­ções de vida e das suas em­presas: a prová-lo está o apoio à CDU ex­presso por cerca de duas cen­tenas de di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais, mem­bros de co­mis­sões de tra­ba­lha­dores, e co­o­pe­ra­tivas de táxis só no dis­trito de Lisboa.

In­ter­vindo no en­contro (n\o Largo Ca­mões, na zona his­tó­rica da ca­pital), um desses apoi­antes, membro da Co­missão de Tra­ba­lha­dores de uma grande em­presa na­ci­onal, con­si­derou este apoio como um «dever moral», tendo em conta a cons­tante so­li­da­ri­e­dade e in­ter­venção dos co­mu­nistas e dos eco­lo­gistas em de­fesa do sector pú­blico dos trans­portes e dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores. Junto ao local, em cima de uma mesa, vá­rios fo­lhetos pres­tavam contas da imensa acção par­la­mentar do PCP e do PEV na úl­tima le­gis­la­tura re­la­ti­va­mente aos sec­tores aéreo, fer­ro­viário e do táxi, bem como dos pro­blemas es­pe­cí­ficos que afectam os tra­ba­lha­dores e re­for­mados da Carris e do Me­tro­po­li­tano de Lisboa.

Na breve in­ter­venção que pro­feriu, quase no final do en­contro, a de­pu­tada Rita Rato lem­brou que o PCP e a CDU não co­nhecem o sector dos trans­portes e os seus pro­blemas só da cam­panha elei­toral. Pelo con­trário, a sua li­gação aos tra­ba­lha­dores e às suas or­ga­ni­za­ções é cons­tante, ma­te­ri­a­li­zada em múl­ti­plos en­con­tros, reu­niões e ac­ções de pro­testo e luta. Re­la­ti­va­mente às pró­ximas elei­ções, a de­pu­tada co­mu­nista – can­di­data pelo cír­culo elei­toral de Lisboa – re­alçou que as forças que com­põem a CDU não fazem pro­messas, as­sumem com­pro­missos. Com os tra­ba­lha­dores e com o ser­viço pú­blico.

Luta re­freou ofen­siva

As pri­meiras pa­la­vras de Je­ró­nimo de Sousa, a quem coube en­cerrar a sessão, foi para a luta dos tra­ba­lha­dores do sector dos trans­portes, tra­vada muitas das vezes com con­si­de­rá­veis sa­cri­fí­cios pes­soais – como é o caso das greves, em que per­deram os dias de sa­lário cor­res­pon­dentes. Estes tra­ba­lha­dores, ga­rantiu, fi­zeram greve «com uma enorme cons­ci­ência de classe mas sem sor­risos no rosto». É graças ao seu com­bate, à sua co­ragem e te­na­ci­dade que o sector dos trans­portes não se en­contra já to­tal­mente pri­va­ti­zado, acres­centou.

O Se­cre­tário-geral do PCP re­alçou ainda os três eixos es­sen­ciais em que as­sentou a ofen­siva do Go­verno no sector: re­dução brutal dos ren­di­mentos dos tra­ba­lha­dores e dos re­for­mados; di­mi­nuição da oferta e de­gra­dação da qua­li­dade do ser­viço, a par do sig­ni­fi­ca­tivo au­mento de custos para os utentes; e des­truição das em­presas e pri­va­ti­zação das partes po­ten­ci­al­mente ge­ra­doras de rendas e lu­cros para o grande ca­pital. Os con­tratos «swap» e as par­ce­rias pú­blico-pri­vadas foram fir­me­mente com­ba­tidas pelos tra­ba­lha­dores e suas or­ga­ni­za­ções de classe e, ao nível po­lí­tico-par­ti­dário, pelas forças que com­põem a CDU.

Para o fu­turo, o di­ri­gente co­mu­nista re­a­firmou que, da parte do PCP e da CDU, a luta em de­fesa do sector pú­blico de trans­portes e do apa­relho pro­du­tivo, dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do passe in­ter­modal é para con­ti­nuar. Co­men­tando o pro­testo do sector do táxi re­a­li­zado nesse mesmo dia, Je­ró­nimo de Sousa re­a­firmou a po­sição as­su­mida pelo PCP de opo­sição à «con­cor­rência des­leal» e às «prá­ticas ile­gais» da mul­ti­na­ci­onal norte-ame­ri­cana UBER e em­presas se­me­lhantes (como se lê no fo­lheto es­pe­cí­fico para o sector, dis­tri­buído no local).




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